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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Atividades com sucata para a Pré-Escola

Olá galera, tudo bem com vocês? Que bom! Hoje irei falar sobre brinquedos reciclados e como eles poderam ser feitos e utilizados, espero que gostem!

    O primeiro brinquedo é o conjunto de xícaras e a jarra. 

Materiais:

  v  1 caixa de leite
  v  Papelão
  v  5 embalagens de iogurte   
  v  EVA


Confecção:

 É importante lavar bem os materiais para fazer os brinquedos, ainda mais por ser caixa de leite. Bom não tem muito segredo, você irá encapar a caixa de leite com o EVA do modo como preferir e faça a alça, e depois decorar, nas xícaras você irá fazer quase o mesmo jeito, mas decore só a parte de cima e coloque um pedaço de papelão por baixo.




     O segundo é um fogão.

 Materiais:

  v  Caixa de papelão de preferência quadrada
  v  Cola quente
  v  Estilete
  v  CD
  v  Piloto preto.

Confecção:
1-Pegue a caixa de papelão, de preferência quadrada.
2- Feche o fundo e a tampa feche com cola quente para não ficar aparecendo.
3- Corte com estilete a tampa do forno
4- Em cima, risque com um CD os círculos que serão as bocas do fogão.
5- Os acendedores façam com o mesmo papelão, e prenda com aqueles grampinhos de arquivo e pasta chama de "bailarina" na papelaria.
6- Depois finalize com imagens de cozinha nas laterais e na tampa.
7- Use piloto preto, mas você pode fazer com tinta ou giz de cera. A grelha do forno coloque com a ajuda de 2 canaletas, 2 tirinhas feitas de papelão mesmo.


             



 Bom gente, não sei se vocês perceberam mais sugeri brinquedos que possam ser usados por exemplo em uma brincadeira de casinha, bom foi de propósito, estes brinquedos poderão ser utilizados nas brincadeiras de "faz de conta " que é muito importante no desenvolvimento da criança.

O faz de conta é marcado por um diálogo que a criança estabelece com seus parceiros e mesmo com bonecos. Ele requer constante negociação de significados e de regras que regem uma situação conforme as crianças assumem papéis, o que faz com que o desenrolar do enredo construído pelas interações das crianças seja sempre imprevisível. Com isso a brincadeira cria novidades. Por meio do brincar de faz de conta, as crianças buscam superar contradições, motivadas pela possibilidade de lidar com o acaso, com a regra e a ficção, e pelo desejo de expressar uma visão própria do real, embora por ele marcada. Na linguagem criada no jogo simbólico, dentro de uma atmosfera “como se fosse assim ou assado”, a criança recombina elementos perceptuais, cognitivos e emocionais, cria novos papéis para si e reorganiza cenas ambientais, criando espaço para a fantasia. Desafiadas pelas situações novas ou incongruentes construídas nas diferentes formas de brincadeiras, as crianças exploram encaminhamentos inovadores que têm que ser disputados e negociados com diferentes parceiros, e passam a fazer parte da cultura daquele grupo infantil. Elas também são espaços de poder que as crianças ocupam para exercer o controle não só sobre si mesmas, mas para se diferenciar e confrontar os adultos e a cultura do mundo adulto.

O que Vygotsky disse sobre a Brincadeira?
Para Vygotsky (1984), os elementos fundamentais da brincadeira são: a situação imaginária, a imitação e as regras. Segundo ele, sempre que brinca, a criança cria uma situação imaginária na qual assume um papel, que pode ser, inicialmente, a imitação de um adulto observado. Assim, ela traz consigo regras de comportamento que estão implícitas e são culturalmente constituídas. Num momento posterior, a criança se afasta da imitação e passa a construir novas combinações e, também, novas regras. Neste sentido, para Cerisara (1998), a brincadeira assume o papel de uma atividade cultural. Dentre estas habilidades, a experiência social é enfatizada por Vygotsky (1984), que afirma exercer papel dominante através do processo de imitação. Para ele, quando a criança imita a forma pela qual o adulto utiliza instrumentos e manipula objetos, ela está dominando o verdadeiro princípio envolvido numa atividade singular. Nesta perspectiva, a brincadeira de faz de conta permite, por exemplo, que a criança execute uma tarefa mais avançada do que a usual para a sua idade. Quando uma criança põe a mesa ao brincar de casinha, ela está desenvolvendo uma habilidade que poderá ser útil para a vida adulta. Vygotsky (1984) define a brincadeira como criadora de uma “zona de desenvolvimento proximal”, que seria o caminho que a criança percorrerá para desenvolver funções que estão em processo de amadurecimento e serão consolidadas em um nível de desenvolvimento real. Isso ocorre, já que no brinquedo, a criança age como se fosse mais velha do que é realmente. Para este autor: “No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual da sua idade, além do seu comportamento diário; no brinquedo, é como se ela fosse maior do que é na realidade” (Vygotsky, 1984, p. 117). Para Vygotsky (1984), a brincadeira de faz de conta é muito importante e tem desenvolvimento próprio. A criança transita do domínio das situações imaginárias para o domínio das regras. A essência da brincadeira de faz de conta é a criação de uma nova relação entre o significado e a percepção, ou seja, entre o pensamento e o real. Neste contexto, Vygotsky enfatiza o objeto como o pivô da brincadeira e que ao brincar de faz de conta, a criança representa papéis e relações do mundo adulto. O ponto de vista de Vygotsky é corroborado por ElKonin (1966), que considera o faz de conta como um meio de simular e compreender relações entre adultos, por isto mesmo as crianças costumam reproduzir a moral social do mundo adulto. Kishimoto (1997a, 1997b) afirma que a brincadeira de faz de conta surge com o aparecimento da representação e da linguagem, quando a criança começa a alterar o significado dos objetos, dos eventos, a expressar seus sonhos e fantasias e a assumir papéis presentes no contexto social. Assim, o nível de sofisticação de uma brincadeira vai depender do ambiente sociocultural, no qual a criança está inserida (Cole & Cole, 2001). Vygotsky (1984) enfatiza que, ao brincar, a criança entra em contato com as regras, criando suas próprias normas e repetindo regras sociais do mundo adulto. No brinquedo, satisfazer as regras é uma fonte de prazer, por exemplo, não chupar uma bala de brinquedo que, pelas regras, é proibido comer, uma vez que foi feita com algum material não comestível. As brincadeiras que envolvem a coletivização de uma fantasia dependem da aceitação mútua das regras e procedimentos implícitos. Habilidades, papéis e valores necessários à participação da criança na sociedade são por ela internalizados durante as brincadeiras, em que imita comportamentos adultos. Algumas situações levam a criança à auto-avaliação, quando ela observa como se saiu no jogo. Outras situações permitem o desenvolvimento moral pró-social, por exemplo, quando a criança procura ajudar um companheiro. Ainda para Vygotsky (1984), os jogos com regras levam a criança à subordinação de seus impulsos, ao autocontrole e desenvolvem sua autodeterminação. O brinquedo, também, dá origem a situações imaginárias, que libertam a criança das limitações perceptivas das situações concretas em que se encontra. 

Para Vygotsky (1984), não há uma fronteira fechada entre a fantasia e a realidade. Ele defende que existem diferentes formas de vinculação entre estas esferas da vida humana, fato que é, primeiramente, observado nos jogos e brincadeiras das crianças, que segundo ele, permite à criança reordenar o real em novas combinações. Esta atividade é marcada pela cultura, inicialmente passada à criança, por meio das pessoas com quem se relaciona, principalmente a mãe. Quando a criança brinca, não há apenas uma repetição de eventos vistos ou ouvidos. A criança cria, combinando o antigo com o novo. Porém, a base da criação é a realidade da qual extrai elementos, pois a construção imaginária não parte do nada. Estes elementos da realidade podem ter sido adquiridos não só pela experiência direta do individuo, mas também pela experiência social adquirida por relatos e descrições (Vygotsky, 1984).


Bom, através dessas brincadeiras citadas por mim entre outras podem ser trabalhados (as):
  
  v  Psicomotor
  v Curiosidade
  v  Imaginação
  v  Socialização
  v  Estimular o pensamento
  v  Trabalhar as cores
  v  Diálogo
  v  Atenção
  v  Desenvolver a habilidade de utilização de movimento como instrumento de comunicação e expressão
  v  Representar com movimentos corporais posturas e comportamentos de pessoas
  v  Expressar - se compondo a movimentação com um companheiro ou grupo.
  v  Criar sua própria sequência de movimentos em atividades de respostas livres, vivenciando pensamentos e sentimentos.
  v  Dramatizar por meio do movimento, fatos, histórias e fantasias.
  v  Conhecer e exercitar formas de expressões tradicionais do nosso povo e dos outros povos.

Então galera é isso, espero que tenham gostado e que comecem a reciclar, pois além de podermos "explorar" muitas coisas, ainda ajudamos a salvar o planeta. 

        
   Arquivos secretos do laboratório do Dr...




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